domingo, 21 de agosto de 2016

Ao fazer Olimpíada impecável, Rio de Janeiro deu tapa com luvas de pelica no preconceito

Vista do Morro do Pão de Açúcar e seus bondinhos
Vista do Pão de Açúcar e do Corcovado, ao fundo,
na Baía da Guanabara
Lídia Maria de Melo
Ainda vou escrever uma postagem mais consistente sobre a Olimpíada Rio 2016.
A simpatia e a competência do velocista jamaicano Usain Bolt, as conquistas do nadador norte-americano Michael Phelps e da ginasta Simone Biles, a ausência do nadador brasileiro César Cielo, recordista dos 50 metros livres, o talento das jogadoras brasileiras de futebol feminino e a necessidade de patrocínio e mais espaço nos veículos de  jornalismo esportivo, a questão dos atletas que integram o projeto das Forças Armadas, o papelão do nadador Ryan Lochte, as vaias e o choro do francês do salto com vara, as invenções do jornalista do Le Monde em relação às declarações do técnico   francês, a cobertura jornalística antes e depois da
cerimônia de abertura da Olimpíada, o sucesso do tenista Guga Kuerten como comentarista da TV Globo, a eficiência da ginasta Daiane dos Santos nos comentários sobre a ginástica artística, o exorcismo do 7x1 de 2010, o desempenho de Neymar, a serenidade do treinador Rodrigo Micale...
Esses e muitos outros temas poderiam ser alvos de postagens sobre os Jogos Olímpicos do Rio. Hoje, porém, quando estou gripada e ainda curto a ressaca da conquista da Medalha de Ouro pela Seleção Brasileira de Futebol sobre a Seleção da Alemanha, só quero dizer que o Brasil deu um tapa com luva de pelica em todos os preconceituosos (imprensa e países estrangeiros e imprensa brasileira) que duvidavam da capacidade da cidade do Rio de Janeiro para realizar a Olimpíada 2016.
No ano de 2009, quando houve a escolha da Cidade Maravilhosa como sede destes Jogos Olímpicos, cheguei a fazer uma postagem comentando o desdém de Madri, ao ser anunciado o nome do vencedor, o município do Rio.
Hoje, está confirmado: deu tudo certo.
Na verdade, já sabíamos. Porém, brasileiro parece mesmo ter complexo de vira-latas. Precisa que outros digam que somos capazes.
Não é necessário que nos digam.
O Brasil tem defeitos, mas suas qualidades são infinitas também.
Nós sabemos disto. Está na hora de nos orgulhar mais de nossas potencialidades. Sem ufanismo, mas com altivez, como fazem os atletas olímpicos. Cada um que disputa uma modalidade esportiva sabe do que é capaz e do que não é. Somente os que têm autoconfiança, empenho e determinação alcançam o topo do pódio.
Obrigada, Rio de Janeiro. Mesmo com todos os seus problemas, mais uma vez você mereceu o título de Cidade Maravilhosa.
Não fui ao Rio. Acompanhei os jogos pela televisão. Porém, tive a oportunidade de acompanhar a passagem da Tocha Olímpica por Santos no dia 22 de julho. Fiquei feliz por ter feito parte desse momento da história das Olimpíadas.

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