sábado, 4 de março de 2017

Aloha! Canoas havaianas partem de Santos para o 14.º Desafio Volta à Ilha de Santo Amaro

Lídia Maria de Melo
Antes da largada, equipes rezaram e soltaram gritos de guerra e aloha
(texto e fotos)
Hoje de manhã, levei minhas sandálias havaianas para assistirem à largada do 14.º Desafio Volta à Ilha de Santo Amaro de Canoas Havaianas, na Praia da Aparecida, em frente ao Colégio Escolástica Rosa, em Santos.
Os canoístas foram para o mar às 10 horas, depois que cada equipe deu seu grito de guerra e todos os participantes, de mãos dadas, formaram um círculo, rezaram em silêncio e, por fim, soltaram em uníssono um "aloha", saudação do povo havaiano, que tem significado de "amor", "afeto", "paz", "compaixão", "misericórdia" ou, simplesmente, "olá" e "tchau".
31 equipes participam do Desafio Volta à Ilha de Santo Amaro

Largada na Praia da Aparecida, em Santos
Durante a partida, o Porto de Santos permaneceu fechado. As embarcações de grande porte, como os navios, não puderam entrar ou sair do canal portuário, para permitir a passagem das canoas de 31 equipes participantes, além dos barcos e caiaques de apoio. 
As equipes são procedentes de vários estados brasileiros (Bahia tem cinco grupos) e de países estrangeiros, como Chile e Argentina. A prova inclui categoria masculina, feminina, mista e máster.
Largada na Praia da Aparecida, em Santos
O percurso da prova tem 75 Km, com trechos de mar e rio. Cada equipe é formada por nove atletas. Seis permanecem remando na canoa e três ficam em barco de apoio, para fazerem  revezamento com os remadores. A troca de atletas é realizada com as embarcações em movimento. As remadas são ininterruptas.
Ponto de partida e chegada, Praia da Aparecida
Depois da largada na Praia da Aparecida, as canoas seguiram costeando a Ilha de Santo Amaro, passando pelas praias de Guarujá, até conseguirem alcançar o Canal de Bertioga, depois o Canal do Estuário, no Porto de Santos, e, por fim, encerrarem no ponto de partida, em Santos.
A competição é organizada pelo canoísta Fábio Paiva e conta com um extenso rol de patrocinadores.
Durante a largada, uma cena chamou a atenção. Enquanto os canoístas desafiavam as ondas com remadas incessantes, na areia da praia, sob um sol já bastante forte, o ultramaratonista Valmir Nunes arrastava outros atletas para a corrida. Cada qual com seu esporte.
Ultramaratonista Valmir Nunes, sem camisa.

Outro ponto que não passou despercebido foi o uso de drones na cobertura da competição. Ainda na  na faixa de areia, o locutor chegou a advertir para o risco de acidente entre os equipamentos.
Na foto abaixo, é possível ver um dos drones.
Drone (dentro do círculo laranja) acompanha a largada

Fábio Paiva
O organizador do Desafio Volta à Ilha de Santo Amaro, o canoísta e multimedalhista Fábio Paiva, é introdutor da canoagem oceânica no Brasil.
Eu o conheci, profissionalmente, em 1990, quando o entrevistei para o jornal A Tribuna, de Santos, onde atuei por 23 anos, de 1988 a 2011, como repórter, subeditora e editora, e para o qual ainda colaboro esporadicamente.
Paiva, que também é engenheiro, havia projetado caiaques para dois fotógrafos publicitários, Vito D´Aléssio e Renato Dutra, que participaram da expedição pioneira batizada de Projeto Xingu, em 1989. As embarcações de fibra de vidro e resina de poliéster foram desenhadas e construídas na oficina Opium Competition Ltda., que na época Paiva mantinha no Bairro do Paquetá, em Santos.
Minha reportagem sobre o Projeto Xingu saiu publicada na edição de 8 de janeiro de 1990. Veja reprodução abaixo:

Fábio Paiva desenhou e construiu os caiaques
usados no expedição Projeto Xingu





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